O papel?! Qual papel?  A função do papel no contexto dos estudos de preservação do património na era pós-industrial

Andreia Nogueira

doi:10.37558/gec.v24i1.1272

Andreia Nogueira TECHN&ART – Centro de Tecnologia, Restauro e Valorização das Artes, do Instituto Politécnico de Tomar https://orcid.org/0000-0002-5390-8237

DOI: https://doi.org/10.37558/gec.v24i1.1272

Palavras-chave: memória, documento, papel, digital, património industrial, arte contemporânea, sustentabilidade, criatividade

Resumo

O presente artigo expõe uma reflexão sobre a relação entre as práticas de documentação da memória aplicadas no âmbito dos estudos de preservação do património industrial, da arte contemporânea e das artes performativas, como é o caso da música. A análise transversal apresentada visa igualmente debater a relação ainda não explorada entre o documento físico, em papel, e o documento digital, na sua articulação com o desenvolvimento sustentável e com uma conservação intencionalmente criativa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia Autor

Andreia Nogueira, TECHN&ART – Centro de Tecnologia, Restauro e Valorização das Artes, do Instituto Politécnico de Tomar

Andreia Nogueira é investigadora auxiliar do TECHN&ART – Centro de Tecnologia, Restauro e Valorização das Artes, do Instituto Politécnico de Tomar, onde se encontra a desenvolver o projeto pós-doutoral intitulado ARTinBetween – Bridging the gap for the long-term sustainability of multimedia artworks in between music and the visual arts, financiado pela FCT. É doutorada em Conservação e Restauro do Património (2018), pela Universidade Nova de Lisboa, especialização em arte contemporânea, com a tese Que Futuro para o Património Musical Contemporâneo Nacional? Documentar para preservar. Desenvolve investigação interdisciplinar no cruzamento disciplinar entre a arte contemporânea e a música, com especial enfoque em questões de preservação, documentação, arquivo, memória e criatividade.

Referências

BEARD, D. & GLOAG, K. (2016). Musicology. The Key Concepts. 2ª ed. Londres & Nova Iorque: Routledge/ Taylor & Francis Group.

BONARDI, A.; POTTIER, L.; WARNIER, J.; LEMOUTON, S.; & PELLERIN, G. (2020). Archivage Collaboratif et Préservation Créative. Rapport Final du Groupe de Travail 2018/19. Association Francophone d’Informatique Musicale.

BOORMAN, S. (1999). “The Musical Text”. Em Rethinking Music, COOK, N. & EVERIST, M. (eds.). Oxford: Oxford University Press, 403-423.

BOWEN, J. (1999). “Finding the Music in Musicology: Performance History and Musical Works”. Em Rethinking Music, COOK, N. & EVERIST, M. (eds.). Oxford: Oxford University Press, 424-451.

GOMES, D. (2021). “PART I – The Era of Information Abundance and Memory Scarcity”, em The Past Web. Exploring Web Archives, GOMES, D.; DEMIDOVA, E. WINTERS, J. & RISSE, T. (eds.). Springer Cham, 1-3. https://doi.org/10.1007/978-3-030-63291-5

GORDON, R. (2015). “Documenting performance and performing documentation. On the interplay of documentation and authenticity”. Em “Performing documentation in the conservation of contemporary art”, MATOS, L.; MACEDO, R. & HEYDENREICH, G. (eds.). Revista de História da Arte, série w, 4: 146-157. http://revistaharte.fcsh.unl.pt/rhaw4/RHAw4.pdf [consulta: 1/7/2022].

HARDAKER, A. (2022, January 27). “Making sense of NFTs in museums”. Museums + Heritage. https://advisor.museumsandheritage.com/features/making-sense-nfts-museums/. [consulta: 7/6/2022].

HÖLLING, H. (2016). “Transitional media: duration, recursion, and the paradigm of conservation”. Em NEVIN, A.; TOWNSEND, J.; ATKINSON, J.; SAUNDERS, D. & BROKERHOF, A. (eds.) “Saving the Now: Crossing Boundaries to Conserve Contemporary Works”. Studies in Conservation, 61(2): 79-83.

HÖLLING, H. (2017). Paik’s Virtual Archive. Time, Change, and Materiality in Media Art. Oakland: University of California Press.

HOLTORF, C. (2020). “Conservation and Heritage as Creative Processes of Future-Making”. International Journal of Cultural Property, 27(2): 277 – 290.

JABR, F. (November 1, 2013). “The Reading Brain in the Digital Age: Why Paper Still Beats Screens”. https://www.scientificamerican.com/article/the-reading-brain-in-the-digital-age-why-paper-still-beats-screens/. [consulta: 24/6/2022]. Originalmente publicado como “Why the Brain Prefers Paper”, Scientific American 309 (5): 48-53. https://doi.org/10.1038/scientificamerican1113-48

JOKILEHTO, J. (2018). A History of Architectural Conservation. 2nd edition, London and New York: Routledge.

KELLY, T. (2015). Capturing Music. The Story of Notation. Nova Iorque / Londres: W.W. Norton & Company.

LEMOUTON, S. (2019). “The preservation of electroacoustic music”, Technocolture Podcast – Episódio 32. http://podcast.federicabressan.com/serge-lemouton.php [consulta: 1/7/2022].

LEMOUTON, S.; BONARDI, A.; POTTIER, L. & WARNIER, J. (2018) “On the Documentation of Electronic Music”. Computer Music Journal, 42 (4): 41-58. https://doi.org/10.1162/COMJ_a_00486

LEPPERT, R. (1993). The Sight of Sound: Music, Representation, and the History of the Body. Londres, Berkeley e Los Angeles: University of California Press.

LUDOVICO, A. (2012). Post-Digital Print: The Mutation of Publishing since 1894. Onomatopee 77.

MACEDO, R. & SILVA, R. (eds.) (2010). A Arte Efémera e a Conservação: O paradigma da Arte Contemporânea e dos Bens Etnográficos. Lisboa: Instituto de História da Arte.

MAJOR, D. & GOMES, D. (2021). “Web Archives Preserve our Digital Collective Memory”, em The Past Web. Exploring Web Archives, GOMES, D.; DEMIDOVA, E. WINTERS, J. & RISSE, T. (eds.). Springer Cham, 11-19. https://doi.org/10.1007/978-3-030-63291-5.

MALSSEN, K.; TANDON, A. & HAZEJAGER, K. (2021, November). The Digital Imperative: Envisioning the Path to Sustaining our Collective Digital Heritage. SUMMARY OF RESEARCH FINDINGS & OPPORTUNITY ASSESSMENT, ICCROM report. https://www.iccrom.org/publication/digital-imperative-envisioning-path-sustaining-our-collective-digital-heritage-summary [consulta: 19/5/2022].

MARÇAL, H. (2012). “Embracing transience and subjectivity in the conservation of complex contemporary artworks: contributions from ethnographic and psychological paradigms”. Tese de mestrado, Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. https://run.unl.pt/handle/10362/8467. [consulta: 1/7/2022].

MATOS, A. C. de; SALES, T. B. & RODRIGUES, R. A. (coords.) (2018). Conversando sobre Património Industrial e outras histórias: palavras, espaços e imagens. Edições UVA. http://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/24425/1/ebook%20conversando%20sobre%20patrimonio%20industrial.pdf [consulta: 14/6/2022].

MILLER, Z. (2021). “Practitioner (In)visibility in the Conservation of Contemporary Art”. Journal of the American Institute for Conservation, 60 (2-3): 197-209. https://doi.org/10.1162/COMJ_a_0048610.1080/01971360.2021.1951550

MUÑOZ VIÑAS, S. (2005). Contemporary Theory of Conservation. Londres/ Nova Iorque: Routledge.

MUÑOZ VIÑAS, S. (2020). On the Ethics of Cultural Heritage Conservation. Archetype Publications Ltd.

NOGUEIRA, A. (2018). “Examining the future of born-digital musical works. A survey on the Portuguese composers’ preservation practices.” Em: Atas da conferência internacional EMS18 – Electroacoustic Music: is it still a form of experimental music? http://www.ems-network.org/IMG/pdf_NOGUEIRA_Andreia_EMS18.pdf. [consulta: 1/7/2022].

NOGUEIRA, A.; MARQUES, C. M.; MANSO, A. & ALMEIDA, P. (2023). “NFTs and the danger of loss”. Heritage, 6 (7): 5410-5423. https://www.mdpi.com/2571-9408/6/7/285 [consulta: 23/8/2023].

NOGUEIRA, A.; MACEDO, R. & PIRES, I. (2016). “Where contemporary art and contemporary music preservation practices meet. The case of Salt Itinerary”. Studies in Conservation, 61 (Iss. Sup 2): 153-59.

NORA, P. (2012) “Realms of Memory”. Em Memory. Documents of Contemporary Art, FARR, I (ed.), Londres: Whitechapel Gallery & Cambridge: The MIT Press, 61-66.

PAIS, J. M.; MAGALHÃES, P. & ANTUNES, M. L. (coords.) (2022). Inquérito às Práticas Culturais dos Portugueses 2020. Síntese dos Resultados. ICS, Estudos e Relatórios. https://www.ics.ulisboa.pt/

sites/ics.ulisboa.pt/files/2022/inquerito_praticas_culturais_2020.

pdf [consulta: 24/6/2022].

PHILLIPS, J. (2015). “Reporting iterations. A documentation model for time-based media art”. Em “Performing documentation in the conservation of contemporary art”, MATOS, L.; MACEDO, R. & HEYDENREICH, G. (eds.). Revista de História da Arte, série w, 4: 169-179. http://revistaharte.fcsh.unl.pt/rhaw4/RHAw4.pdf. [consulta: 1/7/2022].

PIRES, I.; MAGALHÃES, F. & NOGUEIRA, A. (2018). “Preservation and technological obsolescence: contemporary Portuguese musical heritage in perspective”. Journal of New Music Research, 47 (4): 355-364 Doi: 10.1080/09298215.2018.1486433.

PORTELLI, A. (2018). “Prefácio de Alessandro Portelli”. Em Conversando sobre Património Industrial e outras histórias: palavras, espaços e imagens, Matos, A. C. de; Sales, T. B; & Rodrigues, R. A. (coords.). Edições UVA, 7-8. http://dspace.uevora.pt/rdpc/bitstream/10174/24425/1/ebook%20conversando%20sobre%20patrimonio%20industrial.pdf [consulta: 14/6/2022].

PRESSMAN, J. (2020). Bookishness: Loving Books in a Digital Age. New York: Columbia University Press.

RIEBEL, P. (December 2, 2013). “Scientific American: Why the Brain Prefers Paper”, Two Sides. https://twosidesus.wordpress.com/2013/12/02/scientific-american-why-the-brain-prefers-paper/. [consulta: 24/6/2022].

RINEHART, R. (2004) “A System of Formal Notation for Scoring Works of Digital and Variable Media Art”. Communication at the Electronic Media Group Annual Meating of the American Institute for Conservation of Historic and Artistic Works, Portland, Oregon, June 14, 2004.

RINEHART, R. (2007) “The Media Art Notation System: Documenting and Preserving Digital/Media Art”. Leonardo, 40 (2): 181-187. http://www.coyoteyip.com/rinehart/papers_files/leonardo_mans.pdf. [consulta: 1/7/2022].

RINEHART, R. & IPPOLITO, J. (2014). Re-collection. Art, New Media, and Social Memory. Massachusetts: The MIT Press.

SANT, T. (2017). “Documenting Performance: An Introduction”. Em Documenting performce. The context & processes of digital curation and archiving, Sant, T. (ed.). Bloomsbury Academic, 1-11.

SOUSA, F. (2015). Património Cultural Imaterial Memoriamedia e-Museu: métodos, técnicas e práticas. Alenquer: Memória Imaterial CRL. http://www.memoriamedia.net/pci_docs/PCI-MEMORIAMEDIA_METODOS_PRATICAS_web.pdf. [consulta: 14/6/2022].

TRIÃES, R. (2020). “Área de ação prioritária – conservação e segurança: Projeto Conservação criativa: Uma metodologia alternativa para a interpretação e conservação da memória”. Nova Augusta 32: 301-309.

VALEONTI, F.; BIKAKIS, A.; TERRAS, M.; SPEED, C.; HUDSON-SMITH, A. & CHALKIAS, K. (2021), “Crypto Collectibles, Museum Funding and OpenGLAM: Challenges, Opportunities and the Potential of Non-Fungible Tokens (NFTs)”. Applied Sciences 11, 9931: 1-19. https://www.mdpi.com/2076-3417/11/21/9931. [consulta: 3/6/2022].

WEGEN, D. (2005). “Between fetish and score: The position of the curator of contemporary art”. Em Modern Art: Who Cares? An international research project and an international symposium on the conservation of modern and contemporary art, HUMMELEN, I. & SILLÉ, D. (eds.). Londres: Archetype Publications, 201-209.

WURTH, K.; DRISCOLL, K. & PRESSMAN, J. (eds.) (2018). Book Presence in a Digital Age. London: Bloomsbury Academy.